Sobre


 




Bem, nunca pensei que iria virar escritora, sempre quis ser rica e morar em Paris, bem básico por assim dizer, mas

sempre fui aquela que escrevia o roteiro das peças da escola, as poesias nos trabalhos em grupo, quem desenvolvia as ideias dos textos. Confesso que amava, e sempre fui requisitada para isso nesta época.

Acho que a resposta sempre esteve ali e eu nunca percebi ou olhei direito nas estrelinhas, criava histórias para contar a noite com as irmãs, essa ideia de contar história veio da minha vó que sempre foi boa em inventar histórias e contar para nós. Minha mãe também gostava de contar as de princesas (Como dona Branca, minha referência) e moleques astutos, viajava e adorava aqueles momentos de sentar e ouvia-las.

Foi crescendo e criando as minhas só na cabeça, pois não contava a ninguém que um dia conheceria um príncipe e ele teve todas as cores e personalidade que vocês podem imaginar.  Mesmo porque tenho descalculia e disfunção de escrita, sofria muito com isso, principalmente na infância ( È difícil explicar que não conseguia ver erros gramaticais ou não conseguia fazer uma conta básica como as outras crianças). Hoje convivo bem com isso e não me sinto pior que ninguém, tem muita gente que não quer saber do problema, que mostrar que sabe mais e pronto. 

Tenho várias Betas amigas e profissionais para fazer correção dos meus livros e meu sonho de escrever continua vivo, tudo tem solução, não podemos deixar nada nos abater, perdi amigos no caminho e pessoas que achavam que isso me pararia, pois quem tem esses problemas jamais se tornaria escritor ( Foda-se eles).

Conheci os livros por meio do Paulo Coelho, viajei em todos seus livros, adorava sua forma de escrever, em seguida conheci minha diva Nora Robert, foi ai a explosão de viagens literárias, deixava de viajar, ir a festas ou até mesmo namorar para ler.

Venho de uma família de não leitores, meu vicio por livros foi visto como excentricidade ou vontade de aparecer, ou de ser melhor que os demais.  Minha mãe chegou ao ponto de ameaçar toca fogo neles, pois dizia que não estavam me fazendo bem viver isolada.

Passei a conhecer o carteiro e ansiar por sua chegada, conheci as meninas do grupo Adoro Romance do Orkut, eram dicas maravilhosas de livros, tínhamos leitoras de todo mundo, fomos a luta por nossos direitos de ser vista e respeitadas como leitoras, pois tinham enormes preconceitos com quem lia romance ( Mal amadas era um dos adjetivos).

Resolvi escrever o livro O mundo de Alice, fiz em segredo, mas não fui a frente, na realidade não achava que conseguia finalizar, Alice era muito parecida comigo, engavetei, só em 2015 que resolvi tira-la da gaveta,  meu ex marido dizia por que você não escreve? Achava que deveria tentar, meu filho concordou e fui finalizar o Mundo de Alice, mas a historia de Isabel me veio em meio ao transito caótico de Salvador, e não me abandonava, queria sair de mim como se me tomasse. Parei a pobre da Alice (Que ate hoje não reescrevi, prometo que um dia faço isso) e fui escrever A força do desejo, e depois disto não parei mais.

Tentei diversas vezes ser hot, amo ler livro hot, mas não consigo levar meus livros para esse lado, sempre enveredo pelas tretas da vida, quando um autor diz: o personagem se escrever, acredite, ele não está mentido.

Nunca me achei escritora ou que iria viver disto, hoje é meu maior sonho. Todo o carinho das leitoras, os parabéns e aceitação do que escrevo me deixa consciente que o caminho é árduo mais é esse meu verdadeiro caminho e desistir não é uma opção.

Sai de uma menina sonhadora, para uma mulher consciente que sonhos dependem de nós para virar realidade e você pode ser o que quiser, e livros é a melhor viagem que existe, só leitores entendem isso.

Enquanto houve leitores continuarem contando minhas histórias.